ACADÊMICOS DE VIGÁRIO GERAL
Grata surpresa da escola que voltou a desfilar na marquês de Sapucaí após 21 anos.
O grande destaque da agremiação foi o intérprete Tem-tem Junior, que deu nome e sobrenome, cantando muito bem, sem vacilar ao longo de todo o desfile. Fôlego e afinação não faltaram. Outro ponto alto foi a comissão de frente, do coreógrafo Handerson Big. Com indumentária simples, mas de fácil compreensão, e coreografia bem executada.
As fantasias estavam bem resolvidas, e de fácil entendimento, de acordo com o enredo. Mas a escola pecou nas alegorias que estavam claramente mal acabadas. Contudo, considerando que se trata de uma escola vinda da Intendente Magalhães, e abrindo o carnaval, não passou sufoco e fez um bom desfile.
ACADÊMICOS DA ROCINHA
A borboleta encantada contou a história da entidade de umbanda vovó Maria Conga, na qual ficou muito clara a dificuldade financeira da escola. Não via-se luxo algum.
A agremiação apresentou uma plástica simples em suas alegorias, porém correta. Destaque positivo para o último carro alegórico com movimentos representando a preta velha.
Já as fantasias deixaram bastante a desejar, dificultando a leitura do enredo, e num nível inferior ao que se espera para uma agremiação na Sapucaí.
UNIDOS DA PONTE
Terceira escola a pisar na avenida com o enredo de Lucas Milato “Elos da Eternidade”, a agremiação não conseguiu passar o recado como pretendia. O desenvolvimento do tema foi confuso. A relação da humanidade que se tentou fazer com a preservação de quesitos do samba não funcionou.
A maior dificuldade da escola estava nas alegorias que tinham uma quantidade grande de esculturas mas partes dessas esculturas não encaixavam devidamente, o que comprometeu a estética da escola.
Mas houve pontos positivos, como as fantasias com bom acabamento e coloridas, um samba que fez os componentes cantarem, e principalmente a comissão de frente fortemente aplaudida ao formar a frase “E o samba resiste” ao terminar a coreografia.
UNIDOS DO PORTO DA PEDRA
Diferente de outros carnavais, nesta folia o símbolo da escola, o Tigre veio em um tripé e não no abre-alas.
Apesar do tigre ter tido um bom acabamento e estar envolto em pano azul remetendo à água, os componentes em volta vestiam uma fantasia muito aquém do que se espera na abertura de um desfile, apenas enroladas em panos azuis, e calçando uma sapatilha branca.
O belo e impactante tigre destoava muito da fantasia desses desfilantes.
A escola desfilou com bastante empolgação, os componentes cantavam muito, mas por conta de um problema no carro abre-alas a escola abriu um grande buraco em frente ao primeiro módulo de julgadores, que pode afetar a colocação da escola.
Apesar dessa dificuldade, e mesmo debaixo de chuva a carnavalesca Anik Salmon responsável pelo desenvolvimento do enredo “O que a Baiana Tem? Do Bonfim à Sapucaí”, apresentou um bom carnaval.
ACADÊMICOS DO CUBANGO
Foi o grande de desfile da primeira noite. O melhor. Os carnavalescos Rapahel Torres e Alexandre Rangel apresentaram estética impecável. Ao longo de todas as alas, o bom acabamento em alegorias e fantasias era evidente.
O enredo, muito bem desenvolvido era de fácil entendimento através das alas, além de dialogar com o samba, como de fato tem que ser. Se os carnavalesco forem diversas vezes premiados, nem será surpresa.
Os componentes cantavam a plenos pulmões, e a bateria segura e endiabrada foi mais um dos acertos da escola. O calcanhar de aquiles foi a evolução. O carro abre-alas desacoplou, passou a contar como duas alegorias, e ultrapassando a quantidade permitida, o que deve acarretar em perda de pontos.
Na segunda alegoria, a escultura de um cavalo perdeu uma das patas. Apesar de grandiosa, e apresentando o melhor desfile da noite, a vice-campeã do carnaval
passado teve problemas que podem mais uma vez lhe custar um possível campeonato.
RENASCER DE JACAREPAGUÁ
A vermelha e branca do Tanque iniciou seu desfile em alguns “tons” abaixo da co-irmã que a antecedeu, com bem menos empolgação, e menos grandiosidade também.
As fantasias ainda que fossem de fácil leitura, e contando bem o enredo eram bem simplórias, deixando clara a dificuldade financeira enfrentada por todas as escolas.
Nos Carros alegóricos percebia-se a dificuldade de acabamento, comprometendo a estética do desfile. A bateria de mestre Junior foi o grande ponto positivo da escola, servindo bem ao samba que não foi tão cantado pelos componentes como se esperava.
Um desfile feito com dificuldades de uma escola que terá que brigar para não cair.
IMPÉRIO SERRANO
Para encerrar a primeira noite de desfiles, uma enorme tristeza. O GIGANTE Império Serrano e sua belíssima e honrosa história não merecem tamanho desrespeito.
Justo no ano em que a escola tentou homenagear as mulheres, as baianas da escola lamentavelmente cruzaram a avenida sem suas saias. Não há o que dizer de 9 quesitos de uma escola que desrespeita suas baianas.
Ficam os questionamentos: até quando o Imperiano sofrerá com uma administração que está aquém do tamanho desta escola de samba? Até quando tentarão apequenar o GIGANTE Império Serrano maculando sua história gloriosa, e envergonhando seus baluartes?
O pavilhão da Serrinha merece respeito.
Por Redação Publicando News