ACADÊMICOS DO SOSSEGO
Abrindo o segundo dia de desfiles, a escola do largo da batalha levou para a avenida o enredo tambores de Olokun. Mesmo com aporte financeiro da prefeitura de Niterói, a escola apresentou alegorias com sérias dificuldades de acabamento.
Já o conjunto de fantasias era criativo, todas muito coloridas, com bom acabamento, ainda que não fossem luxuosas. Destaque positivo para a fantasia da comissão de frente nas cores roxa e preta produzindo linfo efeito nos movimentos da bela coreografia elabora por Jardel Lemos.
INOCENTES DE BELFORD ROXO
Como fez bonito a caçulinha da baixada! Alegria e leveza nos desfilantes homenageando a Rainha Marta. Soluções criativas que emocionaram o público. Samba e bateria com ótimo entrosamento. No último carro, a homenageada visivelmente emocionada, foi muita aplaudida pelo público.
Apesar do desfile emocionante, a escola pecou em evolução logo no início do cortejo quando o tripé após o primeiro casal abriu um grande buraco. O mesmo tripé atrapalhou a evolução da escola ao longo de todo o desfile. Não dá pra sonhar com campeonato, mas é possível esperar uma boa colocação.
UNIDOS DE BANGU
Em noite de nenhum luxo, a escola da zona Oeste levou para a avenida esculturas muito grandes nas alegorias, com problemas no encaixe causando erros na evolução da escola, além de falhas evidentes nos acabamentos.
O ponto positivo da agremiação foi sem dúvida a harmonia, porque mesmo correndo os componentes cantaram bastante, e esse quesito de chão provavelmente será o que irá garantir a permanência da vermelha e branca no grupo, já que sua plástica deixou muito a desejar.
ACADÊMICOS DE SANTA CRUZ
A verde e branca veio falando de Barbalha, com um colorido encantador, pisando forte na avenida e sem se incomodar com a chuva. Bateria de mestre Riquinho dando o recado e sustentando bem o samba.
Destaque positivo para a dança do canavial da comissão de frente que conquistou o público. Indumentária, simples, linda e de fácil leitura. Marcelo Chocolate e Marcelo Moragas arrebentaram!
Desfile gostoso, abordando um assunto diferente de crítica política, ou enredo afro, temas tão frequentes até aqui. Que Nordeste! Uma Barbalha alegre, criativa, colorida, sustentando bem todos os quesitos. Um dos melhores desfiles da série A até aqui. Briga facilmente pelas primeiras colocações
IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
Um furacão passou! Quer dizer, a Imperatriz passou, e sobrou na pista. O belo trabalho de Leandro Vieira merece todos os aplausos. Foi vibrante, interagiu com o público.
O desenvolvimento do tema foi excepcional, alegorias sem problemas, fantasias de fácil leitura.
O erro da escola de Ramos foi a queda do costeiro do destaque do abre-alas, mas nada que possa tirar a grande possibilidade de título. A bateria de mestre Lolo também fez tudo para gabarita o quesito, e o histórico samba ajudou. Quem quiser vencer a disputa da série A terá de ganha da Imperatriz.
UNIDOS DE PADRE MIGUEL
A vermelha e branca de Padre Miguel levou o enredo Ginga, sobre a capoeira, para a avenida. O efeito estético produzido pelo carnavalesco Fábio Ricardo foi deslumbrante.
A grande dificuldade da escola foi na montagem do carro abre-alas dividido em três partes, que teve sérias dificuldades de se conectar, e acabou entrando danificado na pista. O problema da alegoria deve afetar os quesitos harmonia e evolução, pois causou um enorme buraco.
Um dos melhores sambas da série A. Componentes cantando a plenos pulmões. Tinha tudo para disputar o título com a Imperatriz, não fosse o grave problema no abre-alas.
A Unidos de Padre Migue é uma escola grandiosa, está na hora de se conscientizar disso, e parar de perder para ela mesma.
IMPÉRIO DA TIJUCA
A escola do morro da formiga encerrou o carnaval da série A levando para a avenida alegorias bem resolvidas e em sua maioria sem falhas no acabamento, exceto o abre-alas, que tinha claros problemas na escultura principal. Já as fantasias, além de baixo impacto visual, não facilitavam na leitura do enredo.
Destaque positivo para o primeiro casal, Renan Oliveira e Lais Lúcia, tanto pela belíssima roupa, quanto pelo grande entrosamento que apresentaram na dança.
O samba, talvez pelo fato de não ser um tema afro, não foi tão pulsante quanto o que a escola costuma apresentar, ainda assim o intérprete soube dar o tom certo, o que permitiu que os foliões se divertissem bastante. Não foi uma apresentação campeã, mas deve alcançar uma boa colocação na tabela.
Redação Publicando News